Um menino acabava de aprender
a ver as horas no relógio. Certamente por isso, num sábado à
noite, o pai o presenteou com um relógio de brinquedo. O
menino não reparou que o relógio era de brinquedo e não
trabalhava. Quando foi para a cama, naquela noite, deu-lhe
corda e acertou-o com o relógio grande de parede, e então o
colocou debaixo do seu travesseiro.
Quando acordou, de manhãzinha,
meteu a mãozinha debaixo do travesseiro e pegou seu precioso
relógio. Olhando o mostrador, na meia-escuridão, viu que o
relógio marcava 8 horas! Saltou da cama e correu para o
quarto dos pais, acordando-os.
– Oito horas! – exclamou ele.
– E ninguém está de pé! Mas o pai e a mãe não ficaram lá
muito satisfeitos de serem acordados, pois eram apenas 5
horas da manhã.
Mandaram-no de volta para a
cama aquele pequeno entristecido que via que o seu relógio,
afinal, não era o que parecia ser.
Por alguns momentos ficou
acordado na cama, pensando no acontecido, e então se
levantou, foi buscar uma chave de parafuso, e desmontou o
relógio. Viu que embora o mostrador fosse bonito, faltavam
ao relógio a mola e demais engrenagens, de maneira que em
realidade não trabalhava.
Nesse dia a família foi ao
culto, como era costume. O pastor falou na passagem que diz
que "a fé sem as obras é morta".
– Você compreendeu o que o
pastor disse, meu filho? – disse o pai, na hora do almoço.
– Sim, papai – volveu o
menino. – Ele falou sobre o meu relógio.
– Seu relógio? – indagou o
pai.
– Como não? "A fé sem as obras
é morta!" O relógio tinha mostrador, mas não tinha obras,
não trabalhava, e por isso era um relógio morto!
Os pais riram-se à vontade,
mas o caso dá margem a reflexões. Muita gente parece ter bom
mostrador, como se dava com aquele relógio, mas lhes falta a
mola da fé.
J. Stuart Robertson.
Fonte: http://www.iasdemfoco.net/ilustracoes/FE-OBEDIENCIA.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário