quarta-feira, 10 de abril de 2013

O relógio que não trabalhava

Um menino acabava de aprender a ver as horas no relógio. Certamente por isso, num sábado à noite, o pai o presenteou com um relógio de brinquedo. O menino não reparou que o relógio era de brinquedo e não trabalhava. Quando foi para a cama, naquela noite, deu-lhe corda e acertou-o com o relógio grande de parede, e então o colocou debaixo do seu travesseiro.
Quando acordou, de manhãzinha, meteu a mãozinha debaixo do travesseiro e pegou seu precioso relógio. Olhando o mostrador, na meia-escuridão, viu que o relógio marcava 8 horas! Saltou da cama e correu para o quarto dos pais, acordando-os.
– Oito horas! – exclamou ele. – E ninguém está de pé! Mas o pai e a mãe não ficaram lá muito satisfeitos de serem acordados, pois eram apenas 5 horas da manhã.
Mandaram-no de volta para a cama aquele pequeno entristecido que via que o seu relógio, afinal, não era o que parecia ser.
Por alguns momentos ficou acordado na cama, pensando no acontecido, e então se levantou, foi buscar uma chave de parafuso, e desmontou o relógio. Viu que embora o mostrador fosse bonito, faltavam ao relógio a mola e demais engrenagens, de maneira que em realidade não trabalhava.
Nesse dia a família foi ao culto, como era costume. O pastor falou na passagem que diz que "a fé sem as obras é morta".
– Você compreendeu o que o pastor disse, meu filho? – disse o pai, na hora do almoço.
– Sim, papai – volveu o menino. – Ele falou sobre o meu relógio.
– Seu relógio? – indagou o pai.
– Como não? "A fé sem as obras é morta!" O relógio tinha mostrador, mas não tinha obras, não trabalhava, e por isso era um relógio morto!
Os pais riram-se à vontade, mas o caso dá margem a reflexões. Muita gente parece ter bom mostrador, como se dava com aquele relógio, mas lhes falta a mola da fé.
J. Stuart Robertson.

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