terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Qual lobo você alimenta?

Se alguém diz: "Eu amo a Deus", mas odeia o seu irmão, é mentiroso. 1 João 4:20
O pequeno Júnior estava zangado. Sentia raiva de um garoto da escola que havia derrubado seu lanche de propósito. O avô percebeu que havia algo errado com o menino e perguntou:
– O que aconteceu?
– Estou com ódio de um garoto da escola – respondeu Júnior.
– Deixe-me lhe falar um pouco sobre esta coisa de sentir ódio – disse o idoso homem calmamente. – Eu também senti ódio de muitas pessoas que me prejudicaram, especialmente quando percebia que era pura maldade. No entanto, percebi que, com o tempo, o ódio se volta contra nós mesmos, corroendo nosso coração. E a pessoa odiada nada sofre. É como tomar veneno e desejar que o inimigo morra. Tomei a decisão de mudar de atitude.
– O que o senhor fez vovô? – perguntou Júnior, bastante curioso.
– Bem, é como se eu tivesse a sensação de que existem dois lobos dentro de mim. Um lobo é bom, só quer o bem das pessoas e não machuca ninguém. Ele vive em harmonia com o mundo e não se ofende, não fica magoado. É um lobo que luta pelo que é certo sem ferir os outros.
– E o outro lobo, vovô? – perguntou Júnior, mais curioso ainda.
– O outro lobo é cheio de raiva. Qualquer coisa pode desencadear sua ira. Briga com todos e, muitas vezes, sem motivo para isso. Não consegue nem pensar direito, porque seu ódio é tão grande que gasta toda sua energia mental. É uma raiva sem sentido, pois não pode mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com os dois lobos dentro de mim, porque ambos tentam dominar meu espírito.
– Mas, vovô – disse o garoto intrigado –, qual deles vence?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
Vence aquele que eu alimento mais freqüentemente.
Nas decisões do dia-a-dia, qual dos lobos você está alimentando mais?
Ana Paula Poncio da Silva

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